quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feriado


Acordara cedo demais porque teve insônia. Na verdade nem conseguiu dormir. Ficou a noite inteira se virando na cama. Meio que sonâmbula, levantou-se para se arrumar. Saiu de casa ainda às escuras para pegar o ônibus. Antes de chegar ao ponto choveu. Daquelas chuvas rápidas que só servem pra molhar os sapatos dos desavisados. Pegou o ônibus cheio e foi em pé o caminho todo. Ainda sonolenta chegou ao trabalho, mas estava tudo fechado. Sentou-se para tomar um café e terminar de conferir as aulas que seriam dadas naquela manhã. Passou a manhã toda reclamando do sono e do cansaço. Pelo menos no dia seguinte seria feriado - pensava. Terminadas as aulas, foi para a faculdade. Como era véspera de feriado, tudo estava vazio. Assistiu uma aula e teve duas horas vagas até a próxima. Encostou num sofá e tirou um cochilo rápido. No horário da aula, esperou por trinta minutos e a professora não apareceu. Véspera de feriado - pensou. Voltou para casa só pensando em tomar uma cerveja gelada. Passou no mercado e comprou algumas. Fila enorme para variar. Não entendia como algumas pessoas eram tão lentas para executar tarefas tão simples como passar um cartão de crédito. Chegou em casa tirando a roupa. Tomou um banho frio, vestiu uma roupa velha, abriu uma cerveja e colocou as pernas pra cima. Ficou sozinha sentada, pensando em nada e bebendo a cerveja. À medida que ia fazendo o efeito do álcool, ia relaxando. Começou a rir de si mesma, a essas alturas, bastante alta por causa da bebida. Dormiu ali mesmo abraçada com seus gatos e acordou de manhã leve, pronta para a nova batalha do dia seguinte.

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