terça-feira, 17 de abril de 2012

Peixes na porta

De dentro do ônibus, ela perguntava aonde estavam indo. Ele deu duas alternativas: shopping ou para onde ele quisesse lhe levar. Ela escolheu a segunda opção. Desceram no ponto e foram andando. Entraram em uma rua que parecia ser uma feira ao ar livre. As pessoas paravam para comprar e obstruíam a passagem, obrigando-os a andar no meio da rua. Pararam em frente a um hotel. O cheiro de peixe que era vendido na frente era insuportável. – É aqui que quero lhe trazer. – disse ele. Ela segurou sua mão e puxou-o para dentro. Enquanto ela viajava no enorme aquário que havia na recepção, ele pagava e escolhia o quarto. Aproximou-se dela e deu-lhe um beijo nas costas. O quarto era agradável, apesar da péssima impressão da entrada do hotel. Cama redonda, espelho no teto, luz baixa... Ao fechar a porta, ela se transformou. Puxou-o para si e beijou-o. Ele subia a mão por suas pernas e puxava levemente seus cabelos. Empurrou-a na cama e deitou-se sobre ela. Tirou sua saia enquanto ela desabotoava sua camisa. Usava uma calcinha de algodão, com desenho de bichinhos. Tinha dezenove anos, mas ainda não se dera conta de que era uma mulher. – Vou ao banheiro. Entrou um cisco no meu olho. – disse ela. Levantou-se e levou longos minutos até retornar. – Você é linda – disse ele, arrancando dela um enorme sorriso. Deitou-se novamente e ele tirou sua blusa. Beijou seus seios e foi descendo pela barriga, cintura e quando tentou tirar sua calcinha, ela não permitiu. Percebeu que ela estava nervosa e disse: - Não tem pressa. O que mais temos é tempo. Após ouvir isso, abraçou-o e não resistiu. Tirou a calcinha, arrancou a roupa dele e se entregou. Passaram o resto do dia naquele quarto. Ela olhava seus reflexos no espelho do teto e fazia de conta que nada mais existia. Estava realmente feliz. Na hora de ir embora, deu-lhe um beijo e disse: - Nada mal! Mas da próxima vez não quero peixes na porta.

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